A realeza pode ser muito elegante e cheia de glamour, mas, também, existe seu lado sombrio, como uso de drogas entre alguns membros. Príncipe Harry, por exemplo, foi julgado após admitir que usou maconha e outras drogas psicodélicas quando mais novo.
“Foi [como] uma limpeza do para-brisa, a remoção dos filtros da vida – essas camadas de filtros. Removeu tudo para mim e me trouxe uma sensação de relaxamento, alívio, conforto, uma leveza que consegui segurar por um período de tempo”, afirmou ele em bate-papo com o especialista em traumas, Gabor Maté.
O caso de Harry foi o mais comentado na imprensa, embora outros membros da realeza também eram adeptos das substâncias ilícitas.
A princesa Margaret, irmã da rainha Elizabeth II, e o seu marido, Lord Snowdon, no Palácio de Kensington foram um destes casos. O escritor do livro Escândalos dos Palácios Reais, Tom Quinn, detalhou os testemunhos de um ex-funcionário da família real britânica sobre.
O ex-funcionário contou que enquanto o casamento estava indo por água abaixo no final dos anos 1960 e início dos anos 70, Snowdon deixava mais pacotes de drogas espalhados pelo apartamento para que Margaret os encontrasse.
“Ele costumava oferecer-lhe todo tipo de drogas antes de eles realmente se desentenderem. Ouvimos dizer que eles experimentaram LSD e cocaína, mas muitas pessoas tentaram coisas assim na época. Mas no final, quando o relacionamento deles ficava muito ruim, Lord Snowdon costumava deixar pequenos pacotes de drogas espalhados pelo apartamento e ao lado da cama de Margaret com pequenos bilhetes dizendo coisas como: ‘por que você não pega tudo isso e usa’? Será um favor”, relatou.
Escândalos no século anterior
A Rainha Vitória – sim, a rainha vitória – era totalmente dependente do ópio. O quadro só se agravou após a morte do seu funcionário favorito, John Brown, em 1883.
De acordo com o historiador Roger Fulford, quando seu médico a aconselhou a tomar menos, ela ficou furiosa e atirou nele um objeto pesado.
Tom Quinn sugeriu que a Victoria tenha começado a tomar seu ópio dissolvido em uma mistura de 90% de láudano (substância sedativa à base de ópio) com dosagem cada vez maior para manter os mesmos efeitos.
Alédm disso, a filha de Victoria, Helen, fumava ópio “através de um cachimbo especialmente feito para ela, que parecia uma miniatura”.
Naquela época, no entanto, o ópio era visto como uma droga milagrosa, uma cura milagrosa para dores e sofrimentos, e não como uma substância perigosa, que poderia deixar as pessoas debilitadas e que exigia uma regulamentação rigorosa.