Luis Erlanger e Silvio Santos (Reprodução/montagem web)

Luis Erlanger e Silvio Santos (Reprodução/montagem web)

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‘Santo só sobrenome’: saiba quem é Luis Erlanger, ex-jornalista da Globo que detonou Silvio Santos

Por meio das redes sociais, o ex-jornalista da Globo detonou o apresentador que morreu no último sábado, 17 de agosto

Nem só de homenagens e boas recordações foi marcada a despedida de Silvio Santos, que morreu no último sábado, 17, aos 93 anos, vítima de uma broncopneumonia. Por meio das redes sociais, o ex-jornalista da Globo Luis Erlanger detonou o apresentador. “No Brasil, morrer vem com anistia automática. E bajulação”, escreveu ele.

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Em seu perfil no Instagram, Erlanger relembrou algumas situações envolvendo o dono do SBT e afirmou que Silvio era “santo só no sobrenome”.  “No Brasil, morrer vem com anistia automática. E bajulação. É indiscutível que Silvio Santos está no topo na história da nossa televisão. No seu gênero (prefiro o Chacrinha), o maior apresentador de programa de auditório”, disparou.

“O Baú da Felicidade – que ganhou de presente – era uma picaretagem. Lançou a Tele Sena, um modelo de aposta proibido disfarçado de título de capitalização. Sem lastro. Só não foi candidato à presidência da República porque foi considerado inelegível. Apoiou todos os presidentes e se dizia ‘office boy de luxo do governo’. De qualquer governo”.

Luis Erlanger ainda relembrou: “Como outros magnatas da Comunicação – como Roberto Marinho – apoiou o golpe militar. Mas foi além. Ele mesmo admitia que ganhou o canal de TV do general-ditador Figueiredo. Nos intervalos, exibia campanhas com o slogan do regime militar ‘Brasil, ame-o ou deixe-o’. No governo Bolsonaro, voltou com ‘A Semana do Presidente’, exibido na ditadura”, escreveu.

“Tirou um prêmio musical de uma candidata negra, contrariando a escolha do auditório. Furtou o projeto original do BBB e batizou de Casa dos Artistas. Ninguém se recorda da covardia contar Zé Celso e o Teatro Oficina? Enfim, um dos ícones da nossa TV. Mas santo só no sobrenome”, completou o ex-funcionário da TV Globo.

Quem é Luis Erlanger?

Segundo informações do site Memória Globo, Luis Horta Barbosa Erlanger nasceu no Rio de Janeiro em 11 de maio de 1955 (69 anos), formou-se em jornalismo pela Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Em meados da década de 1970, entrou como estagiário do jornal O Globo e trabalhou diretamente com Iran Frejat. No ano seguinte, já com o diploma em mãos, pediu uma oportunidade ao ex-chefe e foi contratado como repórter de geral, função que desempenhou até 1982. Nesse ano, foi escalado para cobrir as eleições para governador do Rio de Janeiro. Por orientação de Evandro Carlos de Andrade, diretor do jornal O Globo, fez a cobertura da campanha do candidato Leonel Brizola.

Após a eleição de Brizola, Erlanger passou a integrar a equipe da editoria de Política do jornal. Em 1984, mudou-se para Brasília e recebeu a incumbência de cobrir o candidato a presidente da República Tancredo Neves, que participaria da eleição indireta no Congresso, em janeiro do ano seguinte. O resultado daquela cobertura foi inesperado e marcou a trajetória profissional de Erlanger.

De repórter, Luis tornou-se chefe de redação da editoria de Política em Brasília. Quatro anos depois, em 1988, convidado por Evandro Carlos de Andrade, voltou para a sucursal carioca do jornal para assumir o cargo de editor de Política. Cerca de dois anos depois, no entanto, voltou à Brasília como diretor da sucursal. Desse período, Erlanger destaca a cobertura do processo de impeachment de Fernando Collor, e toda a crise política que assolou o país.

No final de 1992, voltou para o Rio de Janeiro como subeditor chefe do jornal, trabalhando ao lado de Merval Pereira. Durante um período de licença de Merval, Erlanger ficou como editor-chefe do veículo, cargo que acabou assumindo posteriormente.

Em 1995, o diretor de redação de O Globo, Evandro Carlos de Andrade, assumiu a Direção da Central Globo de Jornalismo da Rede Globo, a CGJ, e convidou Erlanger para integrar sua equipe na televisão. Após anos de trabalho na imprensa escrita, Erlanger decidiu aceitar o desafio de atuar como jornalista em um novo veículo. Entrou para a Rede Globo como diretor editorial da CGJ.

Em março de 2000, a convite de Marluce Dias da Silva, Erlanger deixou a redação para assumir o cargo de diretor da Central Globo de Comunicação. Em março de 2011, a CGCom começou a implementar um novo modelo de atuação, com a estruturação de seis diretorias: Identidade Visual; Planejamento e Gestão; Comunicação Corporativa; Produção Editorial; Responsabilidade Social e Relações Públicas; e Propaganda e Design.

Em janeiro de 2013, assumiu o cargo de diretor da nova Central Globo de Análise e Controle de Qualidade, uma ampliação da antiga Central Globo de Controle de Qualidade, que era ocupada por Durval Honório. A Central Globo de Comunicação passou a ser comandada pelo publicitário Sérgio Valente. Em abril de 2014, Erlanger lançou o livro de ficção Antes que eu morra, um thriler policial. Em agosto do mesmo ano deixou a Globo para “buscar novos desafios na área cultural”.

Luis Erlanger

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