Marcos Antônio Oliveira Batista foi preso nesta segunda-feira, 01º, no Paraná. A denúncia realizada pela Arquidiocese de Brasília nesta quarta-feira, 03, contra o falso religioso, trouxe à tona outros crimes pelos quais ele vem sendo acusado. De acordo com a organização religiosa, o indivíduo estaria tentando enganar fiéis se passando por diácono a partir de uma ata de ordenação diaconal que a entidade atestou ser falsa.
De acordo com o portal Metrópoles, ele foi capturado pela Polícia Civil do Paraná (PCPR) na cidade de Paranacity (PR) pelo crime de estelionato. Segundo o portal Metrópoles, a corporação declara que Marcos Antônio não apresentou seu documento de identidade na hora em que foi preso, somente um certificado se intitulando diácono.
De acordo com a Polícia Civil, o acusado acumula diversas denúncias de estelionatos e furtos em muitas cidades e estados. No município de Cruzeiro do Sul (PR),ele apresentou comprovantes falsos de Pix depois de realizar um tratamento odontológico em uma clínica, e também ao comprar cervejas em um comércio. Já em Londrina (PR), é acusado de pedir uma corrida de táxi e também mostrar um comprovante forjado ao taxista.
Marcos Antônio não foi encontrado em redes sociais como Instagram e Facebook. No LinkedIn, o acusado tem um perfil onde se denomina médico e diz que trabalha no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) em São José do Rio Preto (SP). A página não possui nenhuma publicação.
A Arquidiocese de Brasília explicou por meio das mídias sociais a investida de Marcos Antônio. Em publicação no Instagram, a entidade compartilhou uma imagem de uma ata de ordenação diaconal que a organização religiosa atesta ser falsa. O texto declara que, em 2 de dezembro de 2020, na Catedral de Brasília, Marcos Antônio teria sido reconhecido como diácono. “A celebração contou com presença de numerosos fiéis”, diz o registro forjado.
“A Arquidiocese de Brasília informa que, nem Dom Paulo Cezar Costa [arcebispo de Brasília] ou outra autoridade eclesiástica supostamente envolvida têm conhecimento de qualquer oficialidade para realização desse Sacramento da Ordem”, reforçou a instituição. “[Nem] sequer existem as legítimas cartas dimissórias de tal pessoa.”
A instituição completou que desconhece Marcos Antônio. “Estamos tomando as medidas necessárias para corrigir as informações falsas e preservar a integridade de nossa comunidade”, continuou o texto.
A Arquidiocese de São Salvador da Bahia também emitiu nota contra Marcos Antônio nesta quinta-feira, 04. Neste caso, a entidade diz ter tomado conhecimento que o acusado se apresentava como padre. “Este mesmo senhor que se passava por sacerdote em Salvador, se apresentou como diácono na Arquidiocese de Brasília, no Distrito Federal, inclusive portando uma ata de Ordenação Diaconal falsa”, diz a arquidiocese baiana.
“Assim, a Sé Primacial do Brasil informa que desconhece o indivíduo mencionado, reforça a nota da Arquidiocese de Brasília e pede ao povo de Deus da Arquidiocese de Salvador que redobre a atenção e sempre procure a Igreja para obter informações confiáveis”. O portal Metrópoles ainda não conseguiu uma resposta da defesa de Marcos Antônio Oliveira Batista.
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