O músico Lucas Lima , 41 anos, usou suas redes sociais, na quinta-feira, 27, para contar aos seguidores que recebeu um diagnóstico inusitado durante sua viagem à Dinamarca. Nos Stories do Instagram, o ex-marido de Sandy, 41, disse que foi diagnosticado com um parasita incomum no país.
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Lucas ainda explicou que estava com uma coceira na pele e, por isso, entrou em contato com uma amiga dermatologista para descobrir o que estava acontecendo. Ele foi diagnosticado com o bicho geográfico, parasita que se hospeda na pele e pode causar sérias complicações caso não seja tratado.
Ao tentar encontrar o remédio recomendado pela médica na farmácia, Lucas não teve sucesso. “Tento descolar na viagem e o povo dinamarquês não está acostumado com bicho geográfico que pega na praia”, iniciou ele.
“O bicho dá role na pele, entra na corrente sanguínea e vai para o pulmão ferrar a tua vida. Mandaram procurar um médico lá. Acho o médico. Ele atendia pelo celular. Eu disse que a minha amiga médica já havia me diagnosticado. Ele disse que nunca havia tratado disso. Pesquisou e mandou eu tomar ivermectina”, continuou.
“E é isso. A partir de amanhã esse verme está f*****”, brincou.
Parasita incomum
Procurado pelo Glow News, o Dr. Rodrigo Griehl, dermatologia da Clínica Soul, deu mais detalhes sobre o diagnóstico de Lucas Lima. Entenda!
“O bicho geográfico, também conhecido como larva migrans cutânea, é uma condição dermatológica causada pela penetração de larvas de parasitas, principalmente ancilostomídeos de cães e gatos, na pele humana. Essa infecção é prevalente em áreas tropicais e subtropicais, mas pode ocorrer em qualquer lugar onde exista contato com solo contaminado. O nome “bicho geográfico” deve-se ao padrão característico das lesões cutâneas, que lembram mapas geográficos”, começa o profissional.
“Os principais agentes causadores do bicho geográfico são as larvas das espécies Ancylostoma braziliense e Ancylostoma caninum. Esses parasitas são normalmente encontrados no intestino de cães e gatos, e seus ovos são eliminados nas fezes dos animais. Em ambientes quentes e úmidos, as larvas eclodem e se desenvolvem no solo, onde podem penetrar na pele humana ao menor contato”, prossegue.
A infecção ocorre mais frequentemente em locais onde há falta de saneamento básico e higiene adequada, o que facilita a contaminação do solo com fezes de animais. Além disso, a presença de animais de rua não tratados contribui para a disseminação do parasita. A infecção pelo bicho geográfico é facilmente reconhecida pelos sintomas clínicos, que incluem:
Coceira intensa: A coceira pode ser localizada no ponto de entrada das larvas e se tornar generalizada à medida que elas migram;
Lesões cutâneas serpiginosas: Essas lesões apresentam um padrão sinuoso e avermelhado, que se move ao longo do tempo, refletindo a migração das larvas sob a pele;
Inflamação e erupção cutânea: As áreas afetadas podem apresentar inchaço, vermelhidão e, em casos mais graves, formação de vesículas ou bolhas.
A localização mais comum das lesões é nos pés, mãos, pernas e nádegas, regiões que frequentemente entram em contato com solo contaminado. As lesões podem ser solitárias ou múltiplas, dependendo da quantidade de larvas que penetram na pele.
Diagnóstico
O diagnóstico do bicho geográfico é geralmente clínico, baseado no aspecto característico das lesões e no histórico de exposição a áreas de risco. Em alguns casos, uma biópsia de pele pode ser realizada para confirmar a presença das larvas. Exames adicionais raramente são necessários, mas podem incluir dermatoscopia para visualizar melhor as lesões.
Um diferencial importante no diagnóstico é distinguir o bicho geográfico de outras condições dermatológicas que podem apresentar sintomas semelhantes, como dermatite de contato, erupções alérgicas e infecções fúngicas.
Tratamento
O tratamento do bicho geográfico visa eliminar as larvas e aliviar os sintomas:
- Antiparasitários tópicos: O tiabendazol tópico é eficaz quando aplicado diretamente nas lesões. O uso deve ser orientado por um médico;
- Antiparasitários orais: Medicamentos como albendazol ou ivermectina são altamente eficazes e recomendados em infecções mais extensas ou resistentes ao tratamento tópico;
- Cuidados sintomáticos: Anti-histamínicos podem ser prescritos para aliviar a coceira, e compressas frias podem ajudar a reduzir a inflamação;
- Em casos onde há infecção secundária devido ao arranhamento das lesões, pode ser necessário o uso de antibióticos tópicos ou sistêmicos. O tratamento geralmente resulta na resolução completa dos sintomas em uma a duas semanas, mas a duração pode variar dependendo da extensão da infecção e da resposta ao tratamento.
Prevenção
A prevenção do bicho geográfico envolve várias medidas:
- Uso de calçados: Sempre usar calçados em áreas onde há risco de solo contaminado, como praias, parques e áreas rurais;
- Higiene de animais de estimação: Manter os cães e gatos tratados regularmente contra parasitas intestinais;
- Saneamento adequado: Melhorar as condições de saneamento e higiene para evitar a contaminação do solo com fezes de animais;
- Educar a população sobre a importância dessas medidas preventivas é crucial para reduzir a incidência de infecções. Campanhas de conscientização podem incluir informações sobre como identificar áreas de risco, a importância do tratamento regular de animais de estimação e práticas de higiene pessoal.