Uma das raras representantes do termo ‘nepomãe’, Gina Garcia, mãe de Gloria Groove, decidiu lançar sua carreira musical após ser backing vocal do grupo Raça Negra por 29 anos. Com duas músicas lançadas e um álbum a caminho, ela conta que teve um grande apoio da filha na empreitada.
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Em entrevista ao F5, da Folha de S. Paulo, Gina conta que o filho, Daniel Garcia (nome por trás da persona Gloria Groove) já via a mãe atuante nos palcos de samba ainda criança, bem antes de lançar seu primeiro álbum de pagode. A cantora conta que o filho começou a lhe incentivar a mostrar seu talento como compositora, que ficou em segundo plano devido ao trabalho no fundo do palco e pela preocupação com os boletos que não paravam de chegar.
“Ele me pegou pela mão e falou: ‘Vem, mãe, vem mostrar o seu trabalho, que eu estou aqui para te apoiar. Quero que as pessoas saibam quem é a Gina Garcia'”, contou ela ao F5. Quando fala sobre o filho, Gina usa o pronome masculino, mas opta pelo feminino quando se refere à Gloria Groove.
Aos 62 anos, Gina lançou recentemente as músicas “Meu Anjo”, em parceria com a filha, e “Respeito É Bom”, em homenagem ao mês do orgulho LGBTQIA+, em parceria com Preta Gil, Caio Prado, Assucena, Liniker e a deputada federal Erika Hilton (PSOL). As canções já alcançaram mais de 200 mil streams no Spotify e fazem parte do álbum “Tô Pronta”, que deve ser lançado em breve.
‘Nepomãe’ assumida
Gina Garcia se assume como ‘nepomãe’, o contrário de ‘nepobaby’, que são os filhos de famosos que usufruem de privilégios pelo sucesso e fama de seus pais. Neste caso, a cantora assume que ter Gloria Groove como filha facilitou sua entrada no mercado musical.
“Ela tem sido uma artista relevante, super reconhecida e, obviamente, isso me leva para um lugar de destaque. Quem não quer isso no mercado?”, confessa.
Experiência musical
Não são apenas os quase 30 anos como backing vocal do Raça Negra que trouxeram uma ampla experiência para Gina Garcia. Ela também já cantou na noite por muitos anos e já estava acostumada a atender os pedidos dos clientes. Mas agora, ela declara que quer pôr suas vontades em primeiro lugar.
“Vou cantar o que eu quiser cantar, o que o meu coração quiser”, avisa ela, que escolheu o samba para começar: “É um ritmo que sempre falou muito comigo. Vou usar referências de Alcione para trás, esse samba um pouco mais antigo”.
Apoio à comunidade LGBTQIA+
Por ser mãe de um integrante da comunidade LGBTQIA+, Gina relata que não tinha como deixar esse aspecto de lado em seu trabalho. Um exemplo disso é a música “Respeito É Bom”, feita para ser um manifesto contra o preconceito que, ela declara, é sofrido até dentro de sua própria casa. “A gente não é respeitado como família. Não nos perguntam o que a gente passa”, diz.
“Vamos dirigir o nosso coração para esse lugar, de dar mais atenção para as pessoas LGBTQIA+, que precisam ser conhecidos, respeitados, amados, apoiados. É o que eu fiz com meus filhos. Qualquer ser humano que você apoiar, amar, dignificar, não tem como ele não ser grande. O recado é esse: sobre amor e respeito”, completa Gina.
O apoio à comunidade LGBTQIA+ vai além das letras das músicas. Na última quarta-feira, 19, ela promoveu um jantar beneficente em prol da Casa Charma, que acolhe pessoas trans e travestis em situação de vulnerabilidade social. O evento foi feito em parceria com a chef Carmem Virginia e contou com presença de Caio Prado e Assucena.
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