Wanessa Camargo decidiu entrar na Justiça contra sua ex-tia, Cleo Loyola, ex de Luciano Camargo. A youtuber, que também fatura fazendo trabalhos de magia espiritual, frequentemente usa suas redes sociais para atacar a família Camargo e acusou a ex-sobrinha de cometer diversos crimes, como racismo, aborto e uso de drogas ilícitas.
Segundo o jornalista Gabriel Perline, a ação foi protocolada em fevereiro deste ano, quando a cantora ainda estava confinada no BBB24 (Globo). No entendimento da equipe de Wanessa, Cleo apelou para a mentira e para o sensacionalismo com o objetivo de atrair audiência e monetizar seu canal do Youtube com escândalos inexistentes, além de se aproveitar das visualizações para vender produtos e serviços de amarrações espirituais.
“A Ré manteve relação, no passado, com Luciano, irmão de Zezé Di Camargo, e se vale dessa condição para narrar fatos inverídicos e da intimidade da família da autora“, diz a inicial.
No processo, os advogados da ex-BBB listaram e transcreveram mais de 200 vídeos, publicados em cinco canais diferentes no Youtube, todos administrados por Cleo. No material citado, a “sensitiva” faz acusações gravíssimas contra a ex-sobrinha.
Uma delas se refere ao uso de drogas. Cleo Loyola afirma Wanessa e seu namorado, Dado Dolabella, usam drogas como cocaína, crack e ecstasy.
“Antigamente você usava [drogas], inclusive, uma vez, seu próprio pai disse que você é uma drogada“, afirma Cleo em um dos vídeos. “…jogado pra fora as drogas, a maconha, a cocaína, o ecstasy, o crack, qualquer tipo de droga que vocês usavam…“, diz em outro. “Ela faz tudo, bebe fuma e outras coisas mais“, comenta em mais um vídeo.
Cleo também acusou Wanessa de ter feito um aborto enquanto era casada com Marcus Buaiz, de ter sido internada por diversas vezes em um “manicômio” e de fazer uso indiscriminado de remédios para tratamentos psiquiátricos. Em nenhuma das acusações ela apresentou provas do que disse.
O pedido de Wanessa à Justiça é de que Cleo seja impedida de citá-la em suas redes sociais e a exclusão de todos os vídeos em que constam as acusações de crimes e difamações. O YouTube e o Google também são réus na ação, na tentativa de acelerar o processo de retirada do conteúdo do ar, bem como da desmonetização dos vídeos de Cleo.
A indenização cobrada pela artista é de apenas R$ 10 mil, a título de danos morais, mas os advogados também solicitaram tutela de urgência na exclusão dos vídeos e no silenciamento da ex de Luciano.
A ação ainda não foi julgada, mas o pedido de urgência já foi barrado pela equipe jurídica responsável pelo caso. “A tutela de urgência pleiteada pelos autores deve ser indeferida na medida em que não estão presentes os requisitos autorizadores“, despachou a juíza Rebeca Uematsu Teixeira, do Tribunal de Justiça de São Paulo.
No entendimento da magistrada, os vídeos publicados há mais de um ano não representam perigo ou dano para o resultado do processo. Ela também aponta que o fato de que Wanessa é uma pessoa pública e, por isso, sua vida pessoal está mais exposta à “exploração” por parte da imprensa e da opinião pública.
“Ocorre que as URLs [links listados pela defesa de Wanessa] contêm diversos vídeos publicados há mais de um ano, o que afasta a possibilidade de reconhecimento de suposto perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo. Além do mais, tratando-se os autores de pessoas públicas, há evidente abrandamento do seu direito à intimidade, conforme reiteradamente decido pelo Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, o que afasta, portanto, o requisito da probabilidade do direito invocado pelos autores“, determinou a juíza.
De acordo com as atualizações do processo, os oficiais de Justiça ainda não localizaram Cleo Loyola para intimá-la, mesmo com a equipe de Wanessa tenha informado o endereço residencial e o telefone que a ex-tia disponibiliza em suas redes sociais para atrair seus clientes.
Cleo, porém, já declarou que está ciente do processo e até debochou do caso em suas redes sociais, afirmando que não tem medo de ser condenada.
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