Ivete Sangalo (Foto: Dilson Silva/AgNews)

Ivete Sangalo (Foto: Dilson Silva/AgNews)

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Ivete Sangalo é processada após foliã ser ‘prensada’ em bloco em Salvador; entenda

Ação foi aberta por foliã que declara ter sido 'esmagada' em bloco da cantora

Ivete Sangalo foi processada em uma ‘ação de indenização por danos morais e materiais’. A ação foi aberta em 21 de março de 2024 e, de acordo com a coluna Fábia Oliveira, do Metrópoles, a autora declara que ela e sua esposa foram ‘esmagadas’ entre as grades de apoio do bloco da cantora.

No relato, a mulher diz que foi prensada e sufocada, além de que sofreu ataques de pânico com o ocorrido. Ela explicou à Justiça que em 10 de fevereiro deste ano, foi com a esposa ao Farol da Barra, em Salvador, para curtir o Bloco Coruja com o abadá comprado pelo site. Elas queriam assistir à apresentação da artista.

Ela contou nos autos da ação que chegaram no ponto de concentração do bloco, no Largo do Farol da Barra, às 16h15, já que o bloco estava previsto para sair às 16h45. A autora do processo disse que o bloco não saiu no horário e que atrasou mais de 3 horas. Dessa forma, começou a concentração de muitos foliões que aproveitaram os blocos do Vumbora, Psirico, Leo Santana e Banda Eva, também atrasados.

Na ação apresentada, a defesa dela disse que, após esperar por 2 horas e 50 minutos, foi anunciado no microfone, pelo Bloco Corujão um pedido para preparação dos cordeiros de segurança para a saída do bloco. Foi então que, de acordo com a mulher, ela e sua esposa, com os demais foliões, foram para a traseira próxima do bloco de Ivete, de qual o local estava cercado por carros de apoio aguardando a saída.

Segundo as informações da ação, às 19h30, a famosa teria comunicado que teve problemas técnicos e que Leo Santana teria se apresentado na sua frente. A autora do processo ainda disse que os demais foliões, além dela e da esposa, não concordaram e começaram a vaiar. Ainda assim, ela lembro que o bloco do Nana teria começado a andar com o carro em direção aos foliões, “iniciando um horror”.

Ela ainda relembrou que foram feitos pedidos para que parassem, Contudo, a organização do bloco teria ignorado a “situação de risco grave de morte e iminente à segurança das pessoas”. A autora também denunciou que, entre outras coisas, uma adolescente de 14 anos desmaiou do lado delas e foi pisoteada. Depois do bloco de Leo Santana passou pelo local “veio em seguida o carro de apoio, persistindo o caos de sufocação e desespero”. Então, elas ficaram “achando que iriam morrer”.

A defesa da mulher declarou que, após 30 minutos de pânico, os cordeiros cercaram o carro de apoio da cantora para o posicionamento dos foliões. De acordo com a ação, mais uma vez “a autora e sua esposa, já em pânico, foram esmagadas entre a corda e o carro de apoio. Os representantes legais delas contaram que nesse momento “um cordeiro do bloco Coruja agrediu a autora com cotoveladas no braço para esticamento da corda”.

Na ação judicial, a mulher sustentou que bateu na quina do carro de apoio com o cotovelo e o tórax, se lesionando mais uma vez. Ela ainda disse que, por volta das 20h30, ela e a esposa conseguiram sair do local, pois não era possível permanecer onde havia risco de segurança e morte. Além de que não tinha mais condições emocionais para permanecer ali.

Ela afirmou nos autos da ação que a produção não conseguiu conter a multidão e pessoas que não tinham abadá conseguiram passar pela corda. Então, os organizadores do bloco se isolaram à frente dos seguranças para se protegerem, mas sem tentar socorrer os foliões. “Outras pessoas foram agredidas pelos cordeiros. Algumas foram empurradas, caindo de joelhos no chão, ficando com hematomas e roxeados. O mesmo que aconteceu com a autora”, afirmou a ação.

A autora ainda explicou que desembolsou R$ 2,4 mil pelos ingressos e abadás, além de ter custos com hospedagem, passagem e transporte, para serem agredidas pela equipe do bloco, correrem risco de morrer e saírem lesionadas sem conseguir usufruir do serviço adquirido. Depois do incidente, ela registrou um boletim de ocorrência.

Ela ainda argumentou no processo que tudo ocorreu no primeiro dia de um evento esperado para divertimento, “mas, ao contrário, teve só aborrecimentos, riscos, agressões, pânico etc”. A defesa dela apontou que outros acidentes aconteceram no Bloco Coruja. No processo, a autora pede uma indenização por danos morais, no valor de R$ 50 mil. A mulher também solicita R$ 2,9 mil, que teriam sido gastos com os ingressos e hospedagem. O valor total é de R$ 52, 9 mil.

Até então, Ivete Sangalo não apresentou sua defesa no processo judicial. Além da cantora, também foi acionada nos autos da ação a empresa Pau D’arco Produções e Eventos Ltda. O caso está no Juizado Especial Cível da Comarca de Niterói, Região Oceânica, Rio de Janeiro.