A cuiabana Elizabeth Campos Cardoso, de 55 anos, está presa na França há seis dias após ser barrada pela imigração do Aeroporto Charles de Gaulle, em Paris. Familiares revelaram que ela desembarcou na capital francesa no último sábado, 20, para visitar amigos. Porém, foi barrada logo que chegou porque, segundo policiais, o nome dela estaria na Interpol.
Ao g1, a sobrinha de Elizabeth, Fernanda Baia, contou que a tia foi barrada porque seu passaporte constava como furtado ou extraviado, em Portugal, na data de 24 de agosto de 2023 e que, por isso, o nome dela estaria ligado à Interpol. Contudo, segundo Fernanda, Elizabeth nunca foi a Portugal.
A sobrinha ainda relata que a cuiabana está sem celular e chegou a desmaiar por não conseguir se alimentar. “Eles aprenderam em uma sala por 9h, sem comunicação com a família. Foi um desespero total. Ela desmaiou de tanta fraqueza, tiveram que colocá-la em uma cadeira de rodas. Depois eles a levaram para a Cruz Vermelha, que fica ao lado do aeroporto, e estão a mantendo lá até hoje”, disse.
Elizabeth passou por uma audiência com uma juíza francesa na quarta-feira, 24. Na quinta-feira, 25, a polícia do país informou que não haviam mais irregularidades com o passaporte dela, que seu nome já havia saído da lista da Interpol e que ela poderia embarcar para o Brasil.
Porém, no momento de embarcar de volta para casa, Elizabeth foi barrada novamente pela imigração. “Não dá para acreditar. Nós já contatamos o consulado e estamos esperando. Minha tia está sofrendo. A Polícia Federal do Brasil já disse que não tem nada no passaporte dela”, relatou Fernanda.
Ela contou que a tia recebeu autorização para sair da França neste sábado, 27, mas não foi emitido nenhum documento que comprove isso.
Outro problema é que Elizabeth só pode ficar no prédio da Cruz Vermelha por oito dias, ou seja, ela teria até o final de semana para voltar para o Brasil. “Se ela não embarcar amanhã ela vai ficar a mercê, porque o consulado não trabalha no final de semana. Ela só pode ficar oito dias na Cruz Vermelha. Se ela não vier, nós não sabemos para onde eles irão transferi-la”, contou a sobrinha.
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