O caso da suposta tentativa de fraude de Gabigol no exame antidoping acaba de ganhar mais um desdobramento. Selma Fátima Melo Rocha, vice-presidente do Tribunal de Justiça Desportiva Antidopagem (TJD-AD) e uma das quatro auditoras que votaram contra a suspensão do craque, acusou os oficiais da Associação Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD) de mentir para incriminar o jogador.
Selma apontou contradições nos depoimentos dos coletores do exame e disse que a mentira é “evidente”. “Ora afirmam que foram impedidos de escoltar o Atleta, ora negam este fato. Cada DCO imputa ao outro a responsabilidade de escoltar o Atleta ao quarto. O DCO tem a obrigação de acompanhar o Atleta. Era responsabilidade deles, independentemente de qualquer situação apresentada. Ressalta-se que eles sequer tinham número suficiente de DCOs para acompanhar todos atletas que foram testados naquele dia.”, afirma.
“Fica evidente, portanto, que eles estão mentindo, devendo o depoimento deles ser totalmente descartado. Vislumbro um comportamento malicioso por parte dos DCOs para incriminar o Atleta a qualquer custo. Mas para ser incriminado, devem ser apresentados fatos gravíssimos, o que não houve no caso em tela”, completa Selma no acórdão sobre o caso ao qual o site ge teve acesso.
Gabigol está afastado dos campos por dois anos, conforme decisão do TJD-AD no julgamento de 25 de março, que determinou a suspensão do atleta por 5 votos a 4. O último e decisivo voto foi do presidente João Antonio de Albuquerque e Souza, que classificou os outros votos contra o jogador como “somatório de quatro condutas de desconformidade”, que “não deixa dúvidas sobre uma intenção de impedir a coleta e de afetar ou impossibilitar a análise da amostra”.
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