Neste domingo, 17, Robinho falou pela primeira vez, em uma entrevista ao ‘Domingo Espetacular’ (Record) sobre a condenação no exterior por estupro coletivo contra uma jovem na Itália. O ex-jogador, de 40 anos, pegou uma pena de nove anos de prisão e afirmou ser inocente.
“Fui condenado na Itália injustamente por nove anos por algo que não ocorreu e tenho todas as provas”, questionou ele.
“Espero que a Justiça seja feita, que aqui não Brasil eu possa ter voz que eu não tive lá fora. São provas tão relevantes, mas para a Justiça italiana não foram. Não sou esse monstro. Continuo sendo respeitoso e carinhoso. Sou inocente”, afirmou.
Robinho relembrou o episódio em 2013, quando encontrou a mulher de origem libanesa em uma boate em Milão, na Itália. Ele disse que na ocasião, estava com sua esposa e que tem prints de conversas que mostram que a mulher planejava se aproximar dele assim que ele estivesse desacompanhado.
“Minha esposa foi para casa descansar e eu continuei me divertindo com os meus amigos. Uma moça se aproximou, começou a ter leve contato. Fomos a um lugar que dava para todo mundo ver. Logo após o rápido contato com ela, fui para casa. Nada aconteceu, além disso”, contou.
“Ela estava combinando de se aproximar só de mim quando a minha esposa deixasse o local. O que eu tive com ela aconteceu muito rápido. Eu saí do local e fui embora para casa. Tivemos troca de olhares e beijos. Nenhum momento me empurrou ou falou ‘para’. Quando vi que ela queria continuar com os outros rapazes, fui para casa. Foi uma relação consensual e autorizada por ela”, continuou.
“Em nenhum momento ela estava alterada. Temos imagens da mulher vista dançando com outras pessoas. Não era local fechado. Era um lugar bem calmo e ela não aparentou estar inconsciente. Quem está inconsciente não lembra de tudo o que aconteceu, como ela diz que se lembra. Ela foi para outra discoteca e continuou se divertindo”.
A declaração do atleta vai contra os áudios que foram gravados de uma escuta de Robinho em que ele falava que tinha penetrado a mulher, além de fazer sexo oral, e que ela estaria muito bêbada.
“Os áudios foram um ano depois do ocorrido. Isso foi em 2013 e áudios em 2014. Eles começaram com história de gravidez e depois que ela queria 60 mil euros, minha risada foi de indignação e não de deboche à vítima. Só queria me livrar daquela situação. Esses áudios foram fora do contexto de pessoas que queria me extorquir”, disse Robinho, que ainda acredita ser vítima de racismo.
“Ter sido inconsequente não significa que eu seja um criminoso. Jamais cometeria um crime desta magnitude”, afirmou sobre a infidelidade.
Robinho disse que após deixar o local, seus amigos disseram que ficaram com a mulher com o consentimento dela e ressaltou que já não estava mais na boate. “A mulher me acusa de algo tão grave e bárbaro. Por que só eu estou respondendo por isso?”, questionou.
A ação que será julgada nas próximas semanas no Superior Tribunal de Justiça no Brasil que irá determinar se ele cumpre ou não pena no Brasil pelo crime. O julgamento será transmitido ao vivo.