Anna Carolina Jatobá recebeu uma pena de 26 anos e 8 meses ao ser condenada pela morte da enteada, Isabella Nardoni, assassinada aos 5 anos em 2008. Ela cumpre a prisão em regime aberto.

Mas, como é a vida de Anna Carolina fora da cadeia? Recentemente, ela foi vista mergulhando na praia do Guarujá, em São Paulo. Além disso, ela participou da cerimônia de formatura do filho mais velho no bairro da Mooca, zona leste da capital paulista.

De acordo com informações do jornalista e escritor Ullisses Campbell, do O Globo, a criminosa será madrinha de um casamento. Segundo Campbell, a primeira aparição da mulher em festas ocorreu em 3 de fevereiro deste ano, na formatura do filho mais velho, atualmente com 19 anos.

O evento começou às 21h, porém, de acordo com as regras do regime aberto, Anna deve estar em casa entre 20h e 6h. Ela teria conseguido o aval da Justiça de SP para comparecer à cerimônia.

Em 4 de dezembro de 2023, ela pediu autorização para a justiça para passar férias em um condomínio de luxo no Guarujá, já que os filhos estariam por lá durante as férias escolares.

A defesa alegou “amor materno” e afirmou que ambos os filhos passaram quase toda a vida “sem a presença da mãe, o que, consequentemente, gerou um vácuo afetivo”.

Desta vez, o Ministério Público não concordou e destacou que não havia “justificativa plausível” para aceitar o pedido.

“Além de se mostrar incompatível com o anseio de construção de uma sociedade séria ao observar uma cidadã que se encontra em cumprimento de pena após ceifar a vida da enteada, de forma dolosa, viajar para outra comarca em férias”, escreveu o promotor.

Mesmo com a tentativa do MP de barrar a ida de Anna Carolina para o Guarujá, a Justiça aceitou todos os argumentos da defesa e permitiu que ela viajasse com os filhos por 30 dias (de 19 de dezembro a 18 de janeiro).

Em 15 de março, ela será madrinha de casamento de Beatriz de Souza e de Ronny Mota Leocadio, em São Paulo. A condenada informou à Justiça que a noiva é afilhada do marido, Alexandre Nardoni, também padrinho do casal, que segue preso em Tremembé, onde cumpre pena de 30 anos pelo mesmo crime da esposa.

A defesa de Jatobá afirmou que o compromisso é relevante no sentido de ela ressocializar porque “se trata de um evento importante para fortalecer os vínculos familiares”. Os noivos assinaram uma declaração justificando a presença do casal de condenados.

O MP foi contrário à decisão e sugeriu que ela usasse uma tornozeleira eletrônica. A Justiça acabou aprovando a solicitação da ida ao casamento, mesmo sendo após as 20h. O uso da tornozeleira eletrônica foi vetado.