A mãe de um dos filhos do ex-jogador do Corinthians Jô, Samia Luedy, revelou que está sem receber pensão do menino, de 9 anos, há quatro meses.
Samia, que deu entrevista para a jornalista Fábia Oliveira, do Metrópoles, falou sobre os problemas que vem enfrentando para receber o valor determinado pela Justiça. Ela ainda contou que sofre ao ver a criança perguntar o motivo de não ter contato com o pai. De acordo com ela, o jogador não faz questão do menino.
“Durante muito tempo, não quis falar sobre isso, mas de uns anos pra cá ele vem atrasando muito, tem mês que não paga o valor total, não fala com o menino. É um descaso total. E nesses últimos quatro meses, ele não pagou nenhum tipo de valor. Ele chegou a me pedir um acordo, mas fomos à audiência, mas ele e advogada não compareceram”, explicou.
Tive que deixar a casa que tinha alugado para morar com meu filho e vim para a casa dos meus pais, que ainda estão me ajudando com a escola e as coisas dele”, detalhou.
Samia também disse que no primeiro acordo feito com Jô, ele se comprometeu a pagar a escola e o plano de saúde do filho, porém, não cumpriu o combinado. O herdeiro do atleta, que tem alergia à proteína do leite de vaca, está sem cobertura médica há mais de um ano.
“Ontem (sábado, 24/2), a advogada entrou em contato comigo, repassou um valor e disse que pagaria o resto até certo dia. Mas essa é uma situação que já vem durando. Todo mês ele coloca o dia que quer, o valor que quer e vem atrasando. Fora que ele não dá nenhuma atenção ao meu filho, que não pode nem falar ao telefone com o pai”, afirmou a mulher.
“Meu filho pergunta porque não fala porque não liga. E ele está cagando e andando, disse que os únicos filhos que são privilegiados são os da mulher dele. Que pra eles, ele vai dar o mundo e pro meu filho ele só vai dar o que a Justiça permitir”, reclamou.
A publicitária contou que pelos cálculos feitos por seu advogado, o valor de pensões atrasadas já chegam a R$ 70 mil, mais R$ 18 mil de escola e multas, além das despesas obrigatórias que não estão sendo pagas: “Nisso tudo, o valor já chega a quase R$ 90 mil”.
Questionada sobre o porquê ela trouxe a tona a situação só agora, ela desabafou: “Já fui procurada outras vezes, mas preferi preservar a mim e ao meu filho. Mas chegou a uma situação sustentável porque todo mês eu fico nessa agonia. Não posso me organizar pra nada porque a gente nunca sabe quando ele vai por [depositar]. É muito complicado viver dessa forma. Tem tempo que estou com crise de ansiedade, não consigo dormir direito”.
“Tem as coisas do dia a dia do meu filho, como a escola, uma pessoa que me ajudava na casa, tinha uma casa alugada. Tive que abrir mão de tudo isso agora por conta da situação que me encontro. Sou de uma cidade do interior [da Bahia] e nunca quis expor, mas chegou a um ponto que se perdeu. Ele acha que pode fazer o que quer, na hora e dia que quiser. Acha que é normal atrasar dois, três meses. Chegou a um ponto insustentável”, contou ainda.
“O que me dói mesmo é ele não ter contato nenhum com o filho. Nenhum. Ele trata como se fosse nada. Pra ele, não é filho. Ele deixa bem claro que meu filho só vai receber o que for determinado pela Justiça. Conheço outras mães de filhos dele e todo mês é essa agonia. E no final a gente sempre sai como ruim”, lamentou.
Samia disse que o menino só teve contato com Jô em dois momentos na vida: aos 2 anos, quando levou o filho a um hotel onde o jogador estava para coletar material para um exame de DNA e aos 4, quando fez uma chamada de vídeo, depois de muitas cobranças ao advogado.
Samia detalhou como conheceu Jô, que hoje joga no Amazonas: eles se conheceram em Salvador, quando ele foi passar uns dias com Ronaldinho Gaúcho: “Passaram uns 15 dias lá, a gente saia para todos os lugares, festas. Ele nunca me disse que era casado. E, depois de um tempo fui encontrar com ele no Rio. Lá, fomos até no baile da Rocinha juntos. Teve uma festa na casa do Ronaldinho Gaúcho, ele pediu pra eu ir e dormimos juntos. Quando voltei para casa, não nos falamos mais. Quando passei mal e descobri a gravidez, foi aí que ele me falou que tinha uma família, filhos e ninguém podia saber”.
“Ele queria que eu abortasse, mas minha família não aceitou. Desse dia em diante, eu vivi anonimamente para o meu filho e meus pais. Ele sempre pedia para eu não fazer escândalo e olha que quando eu engravidei ele jogava na Seleção”.
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