Luana Piovani usou suas redes sociais nesta quarta-feira, 17, para voltar a criticar Wanessa Camargo, que está confinada no BBB 24 (Globo), e a relação dela com Dado Dolabella, com quem Piovani namorou nos anos 2000 e 2002. Na época, ela foi agredida pelo cantor em uma boate no Rio de Janeiro.

Luana compartilhou, nos Stories do Instagram, uma publicação feita pela advogada especialista em Direito das famílias e de gênero, gordofobia, pressão estética e Estereótipos de Gênero, Carol Vargas, que analisou as atitudes de Wanessa no reality show.

Na análise, intitulada “Por que Wanessa parece se assustar mais com Davi do que com Dado?”, a profissional fala sobre Dado Dolabella, Zilu Godói e, até mesmo, Zezé di Camargo.

Além de afirmar que o ator é “um homem que já agrediu diversas mulheres comprovadamente”, a advogada ainda acusa Zezé de ser um agressor: “Wanessa é também filha de um agressor. Zezé violentou Zilu psicológica, moral e patrimonialmente. É impossível que isso não a atravesse de alguma forma”.

Leia o texto completo de Carol Vargas:

“Durante uma discussão com outros participantes, Davi se exaltou, gritou e xingou. Wanessa disse que estava assustada e que não gosta de quem se descontrola, de quem é raivoso. Essa fala é extremamente problemática vindo de uma mulher que se relaciona com um agr£s$or na sua vida pessoal. Um homem que já agrediu diversas mulheres comprovadamente.

Talvez Wanessa sinta medo de uma potencial violência exatamente por saber o que ocorre quando um homem se ‘descontrola’. Talvez, por outro lado, ela viva uma relação de tranquilidade em sua vida privada, pois manipuladores fazem questão de em uma nova relação colocar esta mulher como sua salvadora. Ela pode acreditar que com ela é diferente, que ela o transformou. Importante, não cabe aqui qualquer julgamento pela conduta de Wanessa em sua vida pessoal, apenas a constatação de onde a manipulação pode chegar em uma relação amorosa. Merecem destaque duas observações. 1. Mulher não é centro de reabilitação. 2. Dado é um homem branco.

Ainda, Wanessa é também filha de um agressor. Zezé violentou Zilu psicológica, moral e patrimonialmente. É impossível que isso não a atravesse de alguma forma. Por último, mas não menos importante (em verdade, este é o ponto fundamental), Davi é um homem negro e periférico. O estereótipo perfeito do homem raivoso e violento. Mesmo ele sendo em 99% do tempo uma pessoa prestativa, educada, que sabe cuidar de si e dos outros aos 21 anos de idade, apenas. Um cuidado que aos olhos da branquitude e pelo racismo estrutural colocam Davi num papel de servidão.

Não é visto como um menino e nem se enxerga como tal, pois provavelmente sua vida e sua pele o fizeram amadurecer muito cedo. Ser um menino, um moleque é privilégio de raça e de classe. Basta um deslize, uma demonstração de irresignação por se sentir injustiçado, julgado e sempre foco dos votos da casa e ele já oferece medo e insegurança. Até mesmo para uma mulher que vive com um agressor de mulheres… branco. A branquitude precisa se pensar! E isso significa abrir mão de privilégios”.